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Imponderabile e soggettivo. Me verso San Paolo

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A dedicação de abelhas - La dedizione delle api

 

 

...quantos sinais suos eu encontro... Voces sabem, eu os levo todos comigo, e eles estão sobre a minha pele como encanto, como um desenho de linhas e pontos e beijos... CarlaMinha, CarlissimaTina ... .......................................

 

Agora eu devo ser impecável em escrever, porque eu gostaria que minhas palavras fossem compreensíveis pra vocês. E sei que a passagem de uma lingua para outra, assim como a passagem de uma imagem de sonho para o conto do próprio sonho, é um momento (criativo) delicadíssimo que abre à estrada as possibilidades de vida infinitas.

Infinitas como infinitos são os sonhos.

 

Começo esta última pagina do projeto (ultima deste projeto) com uma mensagem que conta tantas coisas sobre mim que às vezes eu não sei e que, quando me vêm contar, me fazem ser uma pessoa diferente da que eu penso ser. Não é que eu busque uma confirmação, é que no dia a dia algumas pessoas iguais a mim vão em busca exatamente de encontrar histórias por aì e pelas calçadas da rua que podem ser contadas. E também começo com esta mensagem para dizer a vocês que no meu coração espero continuar sendo um pensamento assim, o mais vivo e prateado possível nas suas mentes que, apesar da distância e ausência, pode contar qualquer coisa nova e muito diferente de que já conhecemos dessa experiencia que vivemos juntos.

 

Se tem uma coisa que me motivou a vir para cá é a paixão pela pesquisa (história de amor incondicional), de infinitas possibilidades de existência humanas, sobretudo minhas, possibilidades de ser diferente da uma antes, e tambem melhor, o quanto ainda não sei.

 

São pessoas severas com elas mesmas, eu sou uma delas: a imagem que temos de nós é e poderia ser sempre melhor do que somos na realidade.

Penso que seja isso o que impulsiona todos os dias a continuar, mais a frente, mais longe que antes.

Este é o sentido de continuidade que eu entendo, o sentido de não ter a disposição da palavra fim, também quando as coisas parecem que vão acabar, com partidas, adeus, até logo e outros. Enfim, se nós não terminamos nunca, nem mesmo a palavra recomecar teria sentido.

 

Às vezes parece fechar uma porta, mas não sou uma pessoa que diz ''Quando se fecha uma porta se abre um portão''. Eu penso na palavra separação que, um dia poderia não significar mais, pra nós todos, abandono ou perda. Separações que nos levam a ser pessoas livres sempre, porque somos feitos de fantasia além da experiência vivida, sem perda alguma portanto, que tornam diferente de antes os que estavam numa relação. A palavra separação está no nascimento, aquela de cada criança que gracas à vitalidade pode não criar um vazio sobre quando estava no ventre materno, mas uma imagem a partir da marca que tem sobre a pele.

Era novembro. A minha tese de conclusão de curso em Educacao Profissional terminava assim. Pouco depois eu estava de partida para chegar aqui.

 

E se eu vim foi por causa da vitalidade, (feita na minha pele de abraços e milhões de outras marcas, medo, corajem, felicidade, tristeza. Então, ''Somos humanos'', você me disse um dia, lembra Cris? Aquela foi a primeira vez em terra brasileira que tive autorização para ficar um pouquinho triste). Eu vim por causa das ideias criativas que eu sentia virem de longe sobre suas histórias e eu decidi partir. Talvez quisesse reforçar e colocar em prova a minha ideia de possibilidade, talvez quisesse sentir na pele a dificuldade de aprender outra lingua, a vertigem de perceber que os pensamentos são todos entrelaçados como trepadeiras, as palavras que depois dão vida e traduzem os pensamentos. Eu teria aprendido muitas vezes a falar. Também dessa vez.

 

Me desculpem se tenho pouco a dizer e explicar o quanto já fiz, o que vivi, dos projetos que conheci e de que participei. Eu trabalho com as pessoas, estudo e faço pesquisas sobre elas e sobre mim mesmo. Com a minha pele levo a todo lugar a minha história, os meus afetos e tudo isso posso contar somente assim: nenhuma explicação cronística ou de manual. Se fosse assim, eu seria fria, e isso eu não o sou.

Meu jeito de contar histórias é esse. E tenho à dispisição apenas os meus olhos e as minhas mãos que tentaram e também amanhã tentarão ver e fazer as coisas acontecerem. Eu tenho apenas as minhas pernas que me ajudam a movimentar, a mudar a física de um lugar e depois me ajudam a ver, a transformar, de longe, de consequência, a física dos lugares que eu deixei para trás.

 

A gente se separa para ter imagens criativas dos dias que formam o nosso passado. A gente se separa sempre para construir as imagens do que está longe, arriscando de sermos ou não sermos capazes.

 

Amo a perspectiva e a ideia da linha, um traço sutil que naturalmente - não sei vocês sabem - não existe: a linha existe como confim de duas coisas colocadas uma ao lado da outra. Vizinhas, tangentes, mas sempre separadas.

Mas a linha existe apenas como ideia na nossa mente, algo que separa, pois, as coisas.

A linha, em todo esse tempo, foi aquela das palavras que escrevi procurando narrar a história de vocês, enquanto eu a misturava com a minha.

As coisas que vivenciei, cada vez que encontravam uma linguagem própria e a linha da escritura se tornavam algo diferente em mim.

 

Agora penso que deveria ser grata à existência deste blog, sem o qual aquilo que vivenciei não teria sido assim tão rico de sentido como o foi. Sou grata a quantos leram os meus posts - todos - que lendo cada linha assumiram a responsabilidade de seguir um pensamento que, se existe um, é próprio em razão de uma relação com as pessoas.

Nem tudo foi 'linear' entre nós. Mas nunca poderia ser, se falamos de relações entre seres humanos: temos que levar em conta os nosssos sorrisos, o tom de voz com o qual dizemos bom dia e no fim do dia boa noite. Temos que levar em conta as proximidades que nos fazem estar sentados num ônibus ou em uma sala de aula para uma palestra ou na praia. Os afetos passam a ser mensurados com a nossa posição   física que assumimos no solo terrestre. Podemos medir como muda a inclinação da nossa felicidade no lado da boca. Somos pobres, no fundo... Basta tão pouco e sempre precisamos de tanto.

Eu sou assim como vocês me acolheram. E agora eu volto pra Itália com um infinito senso de reconhecimento pelo afeto e a coragem de vocês, pela paixão e a fantasia com que fizeram e estão fazendo coisas que poderiam parecer impossíveis.

 

Hoje, sinceramente eu não seberia dizer o quanto me tornei diferente e fui transformada depois de ter conhecido vocês. Mas isso eu vou descobrir com o tempo, que agora chega e que se torna a estrada a caminho do aeroporto.


Vamos ter outras viagens a trilhar pela frente. Vou pensar em vocês toda vez que eu redescobrir um sinal de vocês na minha pele. Vocês estarão sempre presentes de forma diferente nos meus pensamentos. Oxalá esteja eu também nos pensamentos de vocês. Ao menos assim, poderemos acarinhar a saudade! Serão sinais deixados na pele e nas imagens. E quando os sinais e as imagens serão tantos poderemos até pegar um avião para irmos uns ao encontro dos outros para contar o quanto,

no fundo,


ainda


existem coisas diversas

para descobrir

em nós.


Abraço vocês fortemente!


Carla


..............................................................

 

...quanti segni di te che mi trovo... li porto tutti addosso sai, e mi ci stanno d'incanto lì sulla pelle, come un disegno di linee e punti e baci... Carlamia, CarlissimaTina ... .......................................

 

Ora devo essere brava a scrivere, perché vorrei che le mie parole fossero comprensibili per voi. E so che il passaggio da una lingua ad un'altra, così come il passaggio da un'immagine di sogno al racconto del sogno stesso, è un momento (creativo) delicatissimo che apre la strada a possibilità di vita infinite.

Infinite come infiniti sono i sogni.

 

Inizio questa ultima pagina di progetto (ultima di questo progetto) con un messaggio che racconta tante cose di me che a volte non so e che, quando mi vengono raccontate, mi fanno essere una persona diversa da quello che io stessa penso di essere.

Non è che si cerchino conferme. E' che nella vita di tutti i giorni alcune persone fatte come me vanno in giro proprio per trovare storie nell'aria e ai marciapiedi delle strade da farsi raccontare.

E poi inizio con questo messaggio per dirvi che in cuor mio spero di continuare ad essere un pensiero così, il più possibile vivo e argentino nella vostra mente, che riesce, nonostante una distanza o un'assenza, a raccontarvi qualcosa di nuovo e molto diverso da quanto già sappiamo di questa esperienza vissuta insieme.

 

Se c'è una cosa che mi ha spinta ad arrivare da voi è la passione per la ricerca (storia d'amore incondizionato), quella sulle infinite possibilità di esistenza umana, le mie soprattutto, possibilità di essere diversi da un prima, e magari migliori di quanto non siamo ancora riusciti ad essere.

 

Ci sono persone molto severe con se stesse, io sono una di queste: l'immagine che abbiamo di noi è e potrebbe restare sempre migliore di quello che siamo nella realtà.

Penso che sia questo che spinga ogni giorno ad andare avanti, più avanti, più lontano di prima.

Questo è il senso di continuità che io intendo, il senso di non avere a disposizione la parola fine, anche quando sembra che le cose finiscano, con partenze addii arrivederci o altro. Del resto, se non si è mai smesso, nemmeno la parola ricominciare potrebbe avere un senso.

 

A volte pare di chiudere una porta. Ma non sono una che dice: “Se si chiude una porta dopo si apre un portone”. Io penso alla parola separazione, che un giorno, per tutti noi, potrebbe non essere più un abbandono o una perdita. Separazioni che portano ad essere liberi sempre, perchè fatte con la fantasia oltre il ricordo dell'esperienza vissuta, senza perdita alcuna quindi, che rendono chi è stato in rapporto fino a un momento prima, diverso da prima. La parola separazione sta alla nascita, quella di ogni bambino che grazie alla vitalità riesce a non fare un vuoto su quanto era la sua storia nel grembo materno, ma a fare dalla traccia sulla pelle, un'immagine. Fantasia, creatività, separazione.

Era novembre. La mia tesi di laurea in Educazione Professionale su comunicazione e linguaggio si concludeva così. Di lì a poco sarei partita per arrivare da voi.

 

E se sono arrivata è per la vitalità (fatta sulla mia pelle di abbracci e milioni di altre tracce, paura, coraggio, felicità e tristezza. Dopo tutto “Siamo umani”, mi dicesti un giorno, ricordi Cris? Per me quella volta fu la prima autorizzazione in terra brasiliana ad essere un po' triste). Sono arrivata per i pensieri creativi che sentivo arrivare da lontano intorno alla vostra storia e mi sono decisa a partire. Forse volevo rafforzare o mettere alla prova la mia idea di possibilità, forse volevo sperimentare sulla mia pelle la difficoltà di apprendere una lingua, la vertigine di sentire che i pensieri sono tutti avvolti come piante d'edera alle parole che dopo li faranno raccontare e vivere. Ho dovuto imparare tante volte a parlare. Questa anche.

 

Scusate se ho ben poco da dire, e spiegare più di quanto ho già fatto, di quello che ho vissuto, dei progetti che ho conosciuto e a cui ho partecipato. Lavoro con le persone, il linguaggio, studio e faccio ricerca su di esso, con la mia pelle, porto dovunque la mia storia, i miei affetti, e tutto questo posso raccontarlo solo così: nessuna spiegazione cronicistica o da manuale. Sarebbe fredda e io non lo sono.

Racconto così e ho solo i miei occhi e le mie mani che hanno tentato e anche domani continueranno a tentare di vedere e fare le cose. Ho solo le mie gambe che mi hanno portato a muovermi, a cambiare la fisica di un luogo e dopo a veder cambiare, da lontano, di conseguenza, la fisica dei luoghi che avevo lasciato.

 

Ci si separa per avere immagini creative dei giorni che fanno il nostro passato, ci si separa sempre per fare immagini di ciò che sta lontano, rischiando di esserne o non esserne capaci.

 

Amo la prospettiva e l'idea della linea, un tratto sottile che in natura - non so se sapete - non esiste: essa esiste come confine di due cose messe l'una accanto all'altra. Vicine, tangenti, eppure separate. Ma la linea esiste solo come idea nella nostra mente, qualcosa che separa appunto le cose.

La linea in tutto questo tempo è stata quella delle parole che ho scritto cercando di raccontare la storia vostra, mentre io nel frattempo la mischiavo con la mia. Le cose che ho vissuto, ogni volta che ritrovavano un proprio linguaggio e la linea della scrittura, diventavano qualcosa di diverso in me.

 

Ora come ora penso che dovrei essere grata all'esistenza di questo blog, senza il quale quello che ho vissuto non sarebbe stato così ricco di sensi come invece è stato. Grata a quanti hanno letto - tutti - che leggendo ogni volta si prendono in carico la responsabilità di tenere un filo con un pensiero che, se ne esiste uno, è proprio in ragione di un rapporto con.

 

Non tutto è stato sempre 'lineare' fra noi. Ma non può mai esserlo se si parla di rapporti interumani: si ha a che fare con i nostri sorrisi, con il tono di voce con cui ci diciamo bom dia e a fine giornata boa noite. Si ha a che fare con le prossimità che ci fanno stare seduti su un autobus o in un'aula di conferenza o sulla spiaggia. Si misurano gli affetti con la nostra posizione sulla fisica del suolo terrestre, si misura come cambia l'inclinazione della nostra felicità sul lato della bocca. Siamo poveri in fondo... Basta così poco e sempre ci vuole così tanto.

 

Questa sono io, come mi avete accolta. E ora riparto con un infinito senso di riconoscenza per il vostro affetto, il vostro coraggio, la passione e la fantasia con cui avete fatto e state ancora facendo cose che potrebbero sembrare impossibili.

 

Non so come possa essere diventata diversa io oggi, dopo avervi conosciuto. Lo scoprirò nel tempo, che ora arriva e diventa la strada verso l'aeroporto.

 

Avremo altri viaggi da intraprendere, vi penserò ogni volta che riscoprirò un segno di voi sulla mia pelle. Sarete sempre diversi nei miei pensieri. Magari lo sarò anch'io, almeno così noi, stavolta, potremmo risparmiarci la saudade! Saranno segni sulla pelle e immagini, e quando saranno tanto forti magari potremmo anche salire su un aereo per raccontarci quanto in fondo ci sia

 

ancora

 

di diverso

da scoprire

in noi.

 

Vi abbraccio forte!

 

Carla

 

PS un grazie specialissimo a Bruno e Paulo che mi hanno prestato un po' di portoghese per tradurre questo post ;)

 

 

 

 

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